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ESTAÇÃO VIDEOARTE

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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Adensamento e Expansão

________________________________________________________ _________________________________________________________ A exposição apresenta o novo conjunto de obras incorporadas ao acervo do Centro Cultural UFG, reunindo produções de onze artistas e dois coletivos nacionais (provenientes de Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Tocantins e Distrito Federal) e de três artistas internacionais (oriundos do Canadá, de Cuba e dos Estados Unidos). ________________________________________________________ ________________________________________________________ Por meio da exposição, pretendemos exibir ao público o resultado dos processos de adensamento e de expansão vivenciados pelo programa de formação do acervo. Como é nosso costume, a visibilidade do acervo é parte fundamental do nosso programa de exposições, atrelado ao caráter educativo e formador, conforme exigem a vocação do acervo público aqui depositado e as atribuições da Universidade. ________________________________________________________ _________________________________________________________ A ideia de adensamento advém tanto da importância dos artistas quanto da alta qualidade das obras reunidas: nomes capitais para a arte brasileira contemporânea são inseridos pela primeira vez numa coleção pública goiana; artistas de relevância histórica para o desenvolvimento da arte contemporânea em Goiás são apresentados com obras de elevada significação em suas carreiras; artistas internacionais que passaram por Goiânia e que de diferentes formas contribuíram para verticalizar os debates artísticos, incluindo as doações de obras ao CCUFG. Obras importantes em suas trajetórias e expressivas de seus processos criadores. __________________________________________________________ A ideia de expansão surge do próprio crescimento do número de peças acervadas. O nosso programa de formação do acervo opera no sentido de incorporar mais artistas, de preencher lacunas históricas, de ampliar a representação das linguagens e as fases poéticas dos artistas, de dilatar o repertório de categorias artísticas, de estabelecer diálogos entre produções de diferentes territórios, de fortalecer a representação da arte contemporânea de Goiás, do Brasil e do exterior, e de acompanhar as constantes alterações da arte hodierna. ________________________________________________________ _________________________________________________________ A exposição que agora exibimos resulta, portanto, das articulações e operações desenvolvidas para ampliar o acervo do Centro Cultural UFG, simultaneamente adensando-o e expandindo-o, com o objetivo de solidificar o trabalho de colecionismo, guarda, conservação, documentação e difusão de arte contemporânea desenvolvido pela instituição. ________________________________________________________ ________________________________________________________ Nesse momento em que o movimento da Geração 80 completa 30 anos e que recebe comemorações em muitos museus do país, é muito significativa a incorporação das obras de Ângelo Venosa, Cristina Canale, Daniel Senise e Leda Catunda, por meio do Prêmio Marcantonio Vilaça Funarte MinC 5ª edição. Os quatro artistas são nomes de destaque na arte brasileira que emergiram no cenário com a Geração 80, responsável durante a penúltima década do século passado pela atualização das categorias tradicionais da pintura e da escultura, e que continuam atualmente a desenvolver obras distendendo suas pesquisas anteriores e provocando ainda grande interesse da crítica e do público. ________________________________________________________ _________________________________________________________ O fluminense Ângelo Venosa explora novas situações espaciais e diferentes materiais para elaborar suas insólitas esculturas, caracterizadas pelo aspecto biomórfico e orgânico dos volumes que cria ou dos materiais que emprega. A obra incorporada ao acervo, é um organismo composto por duas peças e produzida a partir da sobreposição intercalada de superfícies de acrílico preto e branco, que proporciona ritmo interno e as sensações óticas que emanam do trabalho, que é uma obra das mais importantes criadas pelo artista nos últimos anos. ________________________________________________________ ________________________________________________________ Fluminense que reside há anos na capital da Alemanha, Cristina Canale fixa com os materiais tradicionais da pintura seu imaginário particular extraído do cotidiano. A pintura incorporada ao acervo retrata um dos animais de estimação da artista em uma situação prosaica e poética ao mesmo tempo, um trabalho construído pela pincelada segura e pelo uso sábio da cor aplicada em camadas rarefeitas. ________________________________________________________ _________________________________________________________ O fluminense Daniel Senise tem extensa pesquisa sobre as condições de revigoramento da pintura no contexto contemporâneo. Há alguns anos deixou de usar tinta e pincel para executar suas obras, e passou a empregar colagens de telas recortadas e impregnadas por resíduos de qualidade pictórica extraídos de superfícies arquitetônicas. Com rigorosa metodologia cria estruturas, tramas e construções que remetem ao desgaste e a memória da própria superfície, corpo da pintura. ________________________________________________________ _________________________________________________________ A Paulistana Leda Catunda também cria trabalhos de pintura usando outros materiais como suportes e como informações visuais. A obra agregada ao acervo é exemplar de sua recusa aos limites regulares da tela, de sua pincelada descompromissada e ágil sobre imagens apropriadas retiradas do universo kitsch, dispostas sobre suportes recortados, estofados e contornados por molduras de veludo, que potencializam aspectos cromáticos e acentuam o humor característico de sua produção. ________________________________________________________ ________________________________________________________ Buscando o adensamento e a expansão, a curadoria convidou alguns artistas a integrarem a coleção do CCUFG por meio de doações de suas obras. Uma parcela destes convidados é integrada por artistas que (assim como os elencados pelo Prêmio Marcantonio Vilaça Funarte MinC) também emergiram e/ou se afirmaram na cena artística durante os anos 80, e que na atualidade se encontram com suas carreiras consolidadas sendo referenciais para as gerações emergentes; a outra parcela é formada por artistas jovens que se inserem de maneira definitiva no circuito. ________________________________________________________ Eliane Prolik, importante artista paranaense reconhecida por suas esculturas em metais e por suas inusitadas instalações, o acervo recebe um objeto (exemplar de um múltiplo) no formato de caixa ou estojo de joias, que guarda sequências de alianças de casamento ligadas como elos de uma corrente, remetendo à memória do corpo e das mãos que se ligam e aos laços familiares constituídos por afetos. ________________________________________________________ ________________________________________________________ Marina Boaventura é a primeira artista tocantinense a ganhar visibilidade nacional por sua produção comprometida com as reflexões e as linguagens da atualidade; da artista o acervo agrega um objeto constituído por antiga mala, adesivada por nostálgicas estampas religiosas e por decalques de rosas, que liga o popular e o kitsch à linguagem contemporânea e que se mostra como um recipiente no qual memórias afetivas encontram-se guardadas. ________________________________________________________ ________________________________________________________ Fluminense radicado em Brasília, Gê Orthof é atualmente um artista referencial para a jovem produção; a obra doada ao CCUFG não possui uma categoria definida transitando livremente entre objeto e escultura sem ser nenhuma delas; a obra é um corpo que faz referência à História da Arte e ao pintor francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848) e é formada por um organismo com pele de couro e por inúmeros objetos arranjados de maneira inusitada e quase improvisada, porém prenhe de significados. ________________________________________________________ ________________________________________________________ Uma das jovens pintoras cuja obra desperta interesse atualmente, a artista brasiliense Camila Soato comparece no acervo com a doação de uma pintura que mescla figuração de cachorros e padrões de abstração, com fatura propositalmente precária, articulando repertório e abordagens que beiram o mau-gosto, o non-sense ou mesmo o trash, reinterpretando a “fuleragem” trazida do Corpos Informáticos, coletiva em que atua. ________________________________________________________ ________________________________________________________ Goiano residente em Brasília, Virgílio Neto é um artista obsessivo que trabalha quase compulsivamente; dele o acervo agrega um conjunto de desenhos que exibem vasto repertório de figuras, cujos significados são às vezes insondáveis de tão subjetivos e herméticos; deus trabalhos traçam verdadeiros embates com o ato de desenhar, atualizando a linguagem, os meios e os suportes do desenho. ________________________________________________________ _________________________________________________________ O goiano Fernando Costa Filho Filho atua desde o final dos anos 70, mas sua obra se consolidou durante a década seguinte tornando-se emblemática da Geração 80 em Goiás; dele o acervo recebe uma pintura atual e uma série de desenhos, datados de diferentes épocas, marcados por fatura espontânea, iconografia despojada dos valores acadêmicos e uso de sinais geométricos; obras responsáveis por transformações e mudanças no conceito de desenho e de pintura em Goiás durante tal período. ________________________________________________________ ________________________________________________________ Também atuante em Goiás desde meados dos anos 80, Enauro de Castro comparece com uma instalação complexa constituída por um móvel contendo objetos, moldes em gesso, texto e áudio, com adjunção de registros fotográficos e de delicados desenhos emoldurados e dispostos na parede; o resultado é um conjunto que remete à memória de seu próprio corpo e às narrativas familiares. ________________________________________________________ _________________________________________________________ O Convite ao Grupo EmpreZa e ao Corpos Informáticos decorre da necessidade da Instituição acervar obras e registros de obras desses dois coletivos, significativos por suas longas trajetórias históricas e pela qualidade do grau de instigação de seus trabalhos; consideramos também que os coletivos são agentes característicos do circuito e da forma de produção da arte brasileira no século XXI, e por isso devem ter representação no acervo. ________________________________________________________ Um dos coletivos mais importantes do país, o goiano Grupo EmpreZa possui grande atuação no circuito artístico institucional e independente, desenvolvendo obras em performance, vídeo e intervenção pública; do EmpreZa o acervo recebe o vídeo de registro da performance Itauçú, obra que radicaliza a abordagem do corpo confrontando-o com pedras, e que atualiza questões da body-art e do Acionismo Vienense da década de 70. ________________________________________________________ ________________________________________________________ O coletivo Corpos Informáticos está em atuação desde 1992 sendo pioneiro no Brasil na prática coletiva e na criação e reflexão sistemática sobre performance e suas relações com os meios tecnológicos ou mídias low-tech; Do Corpos Informáticos o acervo recebe o vídeo Encerando a chuva no qual membros do grupo desenvolvem ações que beiram o non-sense, como dançar na chuva com enceradeiras pintadas de vermelho, situações banais que instauram o conceito de “fuleragem”, criado e desenvolvido pelo grupo. ________________________________________________________ ________________________________________________________ Obras de três artistas estrangeiros foram incorporadas ao acervo, distendendo o nicho da coleção dedicado à produção internacional. A qualidade de suas pesquisas artísticas e a relevância de seus trabalhos para seus respectivos contextos e também para o nosso, justificam a inserção de suas obras. Durante estadas em Goiânia para residências, participações em congressos ou exposições, suas obras foram doadas ao CCUFG. ________________________________________________________ A canadense Chantal duPont atua como professora da Escola de Artes Visuais e Midiáticas da Universidade de Quebéc e Montreal, sendo importante artista da cena contemporânea de seu país; os três vídeos da artista agregados ao acervo são carregados de sua autobiografia e formam uma trilogia sobre o tratamento heterodoxo a que a se submeteu diante das câmeras, a “resistência” e a superação das dificuldades físicas acarretadas pela doença; é uma obra que liga indissociavelmente vida e arte e que recebeu o Prêmio Bell em Vídeo Arte Canadá 2005 Conselho das Artes do Canada. ________________________________________________________ _________________________________________________________ A americana Jaime Bennati atua como professora na Educational Service Center of Central Ohio e desenvolve residências em periferias de Cidades brasileiras. A série de colagens incorporada ao acervo, foi produzida no CCUFG durante residência em Goiânia, com a utilização de SIT PASS, bilhetes de passagens do sistema de transporte coletivo da cidade, arranjados em disposições de ordem construtiva, que reinventam a imagem da trama e dos fluxos urbanos. ________________________________________________________ _________________________________________________________ O cubano Julio Ruslán Torres vive e trabalha em Havana onde atua como professor do Instituto Superior de Arte de Cuba. O conjunto de desenhos agora agregados ao acervo pertencem à série La Conduct’Art, e aprofundam as reflexões sobre os modos de vida e sistemas de controle dos cidadãos cubanos, uma vez que os desenhos foram inspirados nas cadernetas de anotações, nas quais o Estado registra a distribuição dos bens e serviços aos indivíduos. _________________________________________________________ ________________________________________________________ Organizar uma coleção pública de artes visuais é muito mais que a simples inclusão de obras adquiridas e/ou doadas à instituição. Na verdade, ver o resultado do processo de colecionismo é a parte prazerosa à qual o público tem acesso, pois o árduo trabalho de formar e conservar o acervo do CCUFG é quase secreto. Ele se dá internamente e envolve o desenvolvimento longas conversações e negociações com artistas e com instituições, depois técnicas preventivas de conservação, as necessidades de cada obra dentro da reserva técnica, a atualização de mídias, organização de material de pesquisa, documentação fotográfica e catalogação museológica, além de solicitar programas de exposição e de educativo envolvendo tanto as práticas relacionadas ao acompanhamento das exposições, quanto aquelas relacionadas a ciclo de palestras, debates e seminários. Um amplo campo de trabalho que o Centro Cultural UFG assume com responsabilidade e com a crença de que a superação das dificuldades possibilitará um lugar melhor para a arte e para a educação em nosso território. _________________________________________________________ *Artista plástico, professor da FAV/UFG e Diretor do CCUFG. _________________________________________________________

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Centro Cultural UFG abre a temporada de eventos de 2013

____________________________________________________________ ____________________________________________________________ O Centro Cultural UFG abriu no dia 16 de maio de 2013, às 20 horas, sua temporada de exposições 2013 com a exibição de duas mostras coletivas: ARQUIPÉLAGO: Arte Contemporânea Brasileira no Acervo do CCUFG e ESTAÇÃO VIDEOARTE. As mostras ficarão em cartaz até o dia 19 de julho, de segunda a sexta-feira, das 08:00 às 12 e das 14 às 18 horas, no CCUFG, Av. Universitária, 1533, Setor Universitário, Goiânia. ____________________________________________________________ ARQUIPÉLAGO: ARTE CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA - ACERVO CCUFG ____________________________________________________________ __________________________________________________________ Com curadoria de Carlos Sena Passos, Diretor do CCUFG, a exposição Arquipélago apresenta o conjunto de cento e vinte e quatro obras de 21 artistas brasileiros selecionadas no acervo CCUFG – que na condição de acervo é público formado por aquisições e doações de diversas origens, e constitui um conjunto heterogêneo de obras A mostra apresenta obras que entraram no acervo entre 2011 e 2013, por meio de doações de artistas, doações de instituições como CNI/SESI, Itaú Cultural e Cia Bozano, por meio de mecanismos para aquisição de obras, como o Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste (realizado em 2011 pelo CCUFG com o suporte de Edital da Funarte). O curador da mostra explica que a idéia de reunir o conjunto nasceu da convivência e do manejo do acervo, da reflexão sobre as obras que o integram. Diz Carlos Sena: “notei algumas semelhanças entre algumas obras do acervo, apesar das diferenças muito marcantes de linguagens, de suportes e de materiais. Notei que cada obra era como uma ilha, mas que na sua solidão possuía algo em comum com outra obra, e, assim, formou-se a imagem do arquipélago como título para a exposição, que tem por finalidade despertar no público o prazer de encontrar semelhanças possíveis e de descobrir ludicamente afinidades entre obras repletas de diferenças”. ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ Buscando a figura simbólica do arquipélago, a exposição apresenta um conjunto de expressões onde a multiplicidade de linguagens e a diversidade de propostas indiciam alguns dos caminhos da arte na atualidade. Coloca lado a lado pintura, desenho, escultura, objeto, serigrafia, fotografia, instalação e arte sonora, constituindo um rico ambiente para a fruição estética e para investigações pautadas nas coincidências e contradições manifestas nas obras. ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ Na exposição, as obras são como ilhas da arte contemporânea realizada no Brasil e tudo é feito para mostrar as semelhanças nas diferenças e as diferenças nas semelhanças, para criar um jogo estético com infinitas formas de diálogos possíveis entre as obras e os artistas. A exposição aponta a similaridades encontradas entre os nomes de diversos mares transcritos no desenho de Rosana Ricalde e os sons de água na obra sonora de Cildo Meireles; os diversos sorrisos colecionados por Cildo Meireles e a coleção de dentaduras de Armando Queiroz; a representação antropozoomórfica nas obras de Eduardo Berliner, Pitágoras, Moacir e de Humberto Espíndola; o enfrentamento do homem com a natureza na produção de Siron Franco e na fotografia de Rafael Castanheira; as justaposições e sobreposições de olhares e de linguagens nas criações em pintura de Elder Rocha e em foto-performance de Yuri Firmeza; as relações cromáticas delicadas que se tecem entre as obras de Gonçalo Ivo e de Arcângelo Ianelli; as memórias particulares femininas nos trabalhos de Beatriz Milhazes e de Tomie Ohtake; os signos sobre a natureza na criação de Antonio Henrique Amaral e na escultura de Henrique Oliveira; as afinidades poéticas de obras que expressam as intimidades e as particularidades de sujeito, como as de Marcelo Solá, Daniel Senise, Carlos Vergara e Flávio Shiró. ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ESTAÇÃO VÍDEOARTE ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ Integrante do projeto homônimo contemplado pelo Edital Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais 9ª Edição, a exposição Estação Videoarte tem curadoria assinada pelo artista plástico Divino Sobral, sendo constituída por trabalhos dos artistas paraenses Alberto Bitar e Armando Queiroz. Os oito vídeos escolhidos pelo curador datam entre 2005 e 2012; cada artista exibe quatro obras apresentadas tanto em projeções sobre a parede quanto em monitores de TV. ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ Os dois artistas convidados a integrar o projeto são nomes prestigiados na cena brasileira e paraense desde os anos 1990. Alberto Bitar esteve presente na 30ª Bienal Internacional de São Paulo (2012), e recebeu inúmeras premiações como o Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia (2012 e 2010); Prêmio Banco da Amazônia de Artes Visuais (2009); Festival Cineamazônia (2008 e 2006); Festival Cinema e Cidade de Porto Alegre (2008); Prêmio Melhor Vídeo do Festival de Belém do Cinema Brasileiro (2005). Armando Queiroz foi artista homenageado no 29º Arte Pará, Belém (2010) e também recebeu inúmeras premiações, entre as quais: Prêmio CNI SESI Marcantonio Vilaça (2009-2010); Segundo Grande Prêmio do 28º Arte Pará (2009); Prêmio Aquisitivo no XIII Salão de Pequenos Formatos, Belém (2007 e 2006); Prêmio Especial Graça Landeira no IX Salão de Pequenos Formatos da UNAMA (2003). ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ Segundo o curador da exposição, “a opção por um projeto dedicado exclusivamente à videoarte deve-se ao fato de que ela representa hoje uma linguagem de grande importância, tanto por afetar inúmeras áreas da visualidade, quanto por enfeixar os mais diversos discursos proferidos pelos artistas sobre o espaço e tempo em que vivemos”. ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ As obras de Alberto Bitar surgem da expansão da fotografia. Seus vídeos são fotografados e não filmados, tensionam aspectos da fotografia documental partindo da captação da realidade na sua integridade. Depois passam a questionar a imagem enquanto representação objetiva do real. Com ferramentas digitais programadas industrialmente o artista edita e manipula a imagem, inserindo-a numa narrativa equilibrada entre documento e ficção, mostrando-a com aparência adensada pela atmosfera particular de sua linguagem poética. A produção videográfica de Alberto Bitar parece surgir da insatisfação com a natureza estática e com o instantâneo da fotografia. Porém, leva o vídeo de volta à fotografia estática, que é a origem mais remota da imagem em movimento. Promove o dilatamento do tempo da fotografia, criando uma duração no interior da imagem ou na sua relação com outras imagens, encaminhando para temporalidades próprias da memória, seja individual seja coletiva, que surgem das narrativas tramadas entre presente e passado construídas por meio de estratégias como a apropriação, a pesquisa de fotografia autoral e a colaboração de diversos autores. ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ As obras de Armando Queiroz afirmam-se como atividade política discutindo as relações de poder que definiram o território amazônico, buscam as narrativas do explorado e do excluído, registram o pronunciamento dos que não dispõe de tribuna ou defesa, dão visibilidade ao não visto e recuperam a memória das vítimas sacrificadas no processo histórico dos conflitos políticos, sociais, econômicos, agrários e indígenas, que se arrastam há séculos sem solução. Armando Queiroz produz vídeos com equipamentos e tecnologias simples. Com equipe técnica exígua opta por procedimentos documentais que resultam no mínimo de edição. Seus vídeos são pensados com síntese e se baseiam em ações cotidianas, destacadas da banalidade por procedimentos que operam a re-significação por meio de poucos recursos estéticos e de linguagem crítica politizada. A performance criada pelo uso de seu próprio corpo ou do corpo de outro, representa um modo de corporificar os traumas em forma de rito agregado a simples ações cotidianas, executadas com precisão para o olhar fixo da câmera. ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ O projeto Estação Videoarte oferecerá ainda, durante o mês de junho, programação educativa diversificada composta por palestras de Alberto Bitar e de Armando Queiroz abordando seus respectivos processos de criação, leitura de portfólio de produtores goianos por Armando Queiroz, e o workshop de criação do vídeo “Quase todos os dias – Goiânia” com Alberto Bitar, além da visita guiada à exposição conduzida pelo curador. ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ Contatos Centro Cultural UFG – (62) 3209-6251 Carlos Sena Passos – (62) 3209-6137 / 3225-7958 ou 8594-6594 Divino Sobral – 8444-6594. ____________________________________________________________

terça-feira, 26 de junho de 2012

A oficina Linguagem na Roda II lança catálogo no CCUFG

A oficina Linguagem na Roda II promoveu conversas entre artistas goianos sobre questões da linguagem visual, tendo como referência os trabalhos já desenvolvidos pelos participantes. Foram 60 horas destinadas a bate-papos e trocas de experiências sobre aspectos específicos das obras, objetivando conhecer melhor o trabalho de cada autor, bem como o contexto local que os cerca. Os atendimentos foram individuais e também coletivos. Para registrar, ampliar e difundir os resultados dessa proposta, foi confeccionado um catálogo onde constam o processo da oficina e o registro das obras dos artistas. Este catálogo terá lançamento no Centro Cultural UFG em Goiânia, no dia 29 de junho, às 20h, no Centro Cultural UFG.

sábado, 14 de abril de 2012

Abertas as inscrições para VII Curso de formação Profissional para Cinema



Já estão abertas desde o dia 02 de abril, as inscrições para o VII Curso de Formação Profissional para Cinema, realizado pelo Instituto de Cultura e Meio Ambiente (Icumam).
Interessados podem se inscrever até 30 de abril. O Curso será realizado entre 14 e 31 de maio no Centro Cultural UFG.

A sétima edição dá continuidade ao segundo ciclo de formação do projeto, iniciado pelo Icumam em 2006. O Curso é destinado ao público iniciante que busca nas práticas de produção audiovisual qualificação no mercado cinematográfico goiano, como explica a coordenadora do Curso, Maria Abdalla.

“Qualificação é o grande objetivo do Curso de Formação Profissional para Cinema. Em sua sétima edição, o projeto reúne profissionais atuantes no mercado cinematográfico nacional e tem como objetivo mesclar teorias e práticas de conhecimento com a finalidade de oferecer mecanismos para o desenvolvimento e consolidação do audiovisual goiano. O impacto na formação de mão de obra no mercado é significativo.”

Este ano, a técnica de som direto Gabriela Cunha, formada em Cinema pela Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP) ministra de 14 a 17 de maio a primeira oficina, Som Direto. O roteirista Di Moretti é responsável pelo módulo Roteiro Adaptado, entre 21 e 24 de maio. Ele é professor universitário e graduado em Rádio & TV pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). A terceira oficina, Produção Executiva, fica a cargo de Sergio Kieling, jornalista especializado em cinema. Acontecerá entre 28 e 31 de maio.

Gabriela Cunha - Som direto

As vagas para as oficinas são limitadas e as inscrições se prolongam até 30 de abril. Os participantes serão selecionados pelo Icumam e pelos ministrantes. A oficina de Som Direto apresenta conceitos básicos de som como fenômeno físico e como parte fundamental do discurso cinematográfico. Está divida em quatro partes que transitam pelo fundamento do áudio e da acústica, edição de som e mixagem, produção com poucos recursos e gravação de cenas com diálogo.

Di Moretti - Roteiro adaptado

O módulo Roteiro Adaptado trará exposição da parte teórica da construção de um roteiro e aplicação de pequenos exercícios visando adaptação. As atividades serão baseadas em literatura, música e teatro. Formas de identificação das diferenças entre linguagem literária e cinematográfica e dificuldades ligadas ao processo serão abordadas.

Sergio Kieling - Produção executiva

Na terceira e última oficina, Produção executiva, aulas de orçamento, controle de despesas e trabalho em equipe. O ministrante fará um resumo da situação do mercado atual e explicará o passo a passo desde a ideia inicial do roteiro até a distribuição nacional e internacional do produto. Além disso, haverá uma análise técnica de orçamento e cronograma de filmagem e um resumo das principais leis de incentivo no País.

O VII Curso de Formação Profissional para Cinema tem patrocínio do Sebrae Goiás e parceria com o Centro Cultural UFG. Conta desde a primeira edição, em 2006, com o apoio da Lei Municipal de Incentivo, o que esperamos que aconteça também este ano. O projeto encontra-se em análise pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura.

As aulas serão ministradas no Centro Cultural da UFG, que fica na Avenida Universitária,1533, setor Universitário. As inscrições podem ser feitas pela internet (www.icumam.com.br). Serão oferecidas 30 vagas, 27 pelo Icumam e três pelos parceiros. Mais informações: (62) 3218.3779 ou www.icumam.com.br.

Serviço

Evento: VII Curso de Formação Profissional para Cinema
Data: 14 a 31 de maio
Local: Avenida Universitária, nº 1533, Setor Universitário
Horário: 19 horas
Assessoria de Comunicação: Márcia Abreu / (62) 8240.8183


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Funarte Promove Oficina de Linguagem Visual com Fernando Lindote no Centro Cultural UFG



O projeto Rede Goiânia Funarte Artes Visuais convida artistas de Goiânia e região para participar da oficina Linguagem na Roda II, a ser ministrada por Fernando Lindote, de Santana do Livramento (RS), residente em Florianópolis (SC), artista, curador e difusor da cultura em âmbito nacional.

A oficina será dividida em duas partes, sendo a primeira dias 29 e 30 de março, e dias 2, 3 e 4 de abril, e a segunda parte de 7 a 11 de maio, das 15 às 18h e das 19 às 22h, no Centro Cultural UFG. As inscrições são gratuitas e podem ser feita pelo e-mail redegoiania@hotmail.com. Serão oferecidas 40 vagas por ordem de inscrição. Os interessados deverão enviar nome completo, CPF, RG, e-mail, telefone e currículo. Os artistas terão que levar para a oficina obras de sua autoria ou o registro das mesmas.



A oficina Linguagem na Roda II pretende promover conversas entre artistas sobre questões da linguagem visual, tendo como referência os trabalhos já desenvolvidos pelos participantes. Serão 60 horas destinadas a um bate-papo e troca de experiências sobre aspectos específicos de cada obra, com o objetivo de se conhecer melhor o trabalho de cada autor, bem como o contexto local que o cerca. Os atendimentos serão individuais e coletivos.

Para registrar, ampliar e difundir o resultado da oficina, será confeccionado um catálogo onde constará o processo da oficina e o registro das obras dos artistas. Este catálogo terá lançamento em Goiânia, no dia 29 de junho, às 20h, no Centro Cultural UFG.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

I salão de arte contemporânea do centro-oeste

O Centro Cultural UFG tem o prazer de apresentar o documentário sobre o
I Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste, realizado para a FUNARTE em 2011.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Universidade Federal de Goiás recebe doação de 25 gravuras - "Eco Art" para o Centro Cultural UFG



A Universidade Federal de Goiás, por meio do Centro Cultural UFG recebeu a doação de 25 gravuras de artistas contemporâneos representativos, para serem incorporadas ao seu “Acervo Artístico”.

Realizada no Rio de Janeiro, a exposição ECO ART reuniu 120 artistas das Américas e resultou na publicação de um grande catálogo, na formação de um acervo e na edição de um álbum de 25 gravuras, a partir das pinturas. A exposição foi organizada por Julio Bozano, presidente do Banco Bozano Simonsen, por ocasião da RIO 92 - II Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento.



São serigrafias assinadas e numeradas, de artistas contemporâneos representativos, como Beatriz Milhazes (Brasil), Daniel Senise (Brasil), Flávio-Shiró (Brasil), Carlos Vergara (Brasil), Fernando Szyszlo (Peru), Siron Franco (Brasil), Miguel Castro Leñero (México), Tomie Ohtake (Brasil), Miguel Angel Rojas (Colômbia), Vicente Ianelli (Brasil), Arnaldo Roche-Rabel (Porto Rico), Gonçalo Ivo (Brasil), entre outros.

Este conjunto de serigrafias é objeto de um material didático "Projeto Bozano Arte e Natureza" - preparado pelo Instituto Arte na Escola/Fundação Iochpe, com um roteiro de discussão de cada peça sob o ponto de vista da linguagem visual e de sua relação transversal com a ecologia.



O "Projeto Bozano Arte e Natureza" considera os valores sociais levantados na RIO 92, tais como a preservação da natureza, o aquecimento global, a ação da sociedade civil, o desenvolvimento social e a auto sustentabilidade. O Instituto Arte na Escola/Fundação Iochpe, leva em conta o enorme potencial didático das gravuras em suas dimensões de compreensão da linguagem estética, política conservacionista, valor ético da ecologia, a fim de transmitir aos jovens estudantes a consciência da gravidade do problema e sua potencialidade de cidadão.



O projeto educativo desenvolvido pela Cia BOZANO inclui a doação de um conjunto destas 25 gravuras da ECO ART a museus de todo o Brasil, e o Centro Cultural UFG foi uma das instituições selecionadas, sendo indicado pelo crítico Paulo Herkenhoff, que tem se revelado um simpatizante de Goiás, e em especial, do CCUFG e dos artistas goianos.

Paulo Herkenhoff